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Porque a acepção mais comum da palavra espírito é quando ela significa a intenção, a mente e a disposição de
um homem.
No tempo de Moisés, havia além dele setenta homens que profetizavam no acampamento dos
israelitas. Qual a maneira como Deus lhes falava é declarado no capítulo 11 dos Números, versículo 25:0
Senhor desceu numa nuvem, e falou a Moisés, e tomou o Espírito que estava nele, e deu-o aos setenta anciãos.
E aconteceu que quando o Espírito pousou sobre eles, passaram a profetizar, e não mais cessaram. Pelo que
fica manifesto, em primeiro lugar, que as profecias que faziam ao povo eram subservientes e subordinadas às
profecias de Moisés, pois Deus tirou do Espírito de Moisés para dá-lo a eles; de modo que profetizavam da
maneira que Moisés queria, caso contrário não se teria permitido que profetizassem. Pois houve uma queixa
feita a Moisés contra eles (versículo 27), e Josué queria que Moisés os proibisse de profetizar, coisa que ele
não fez, e disse a Josué: Não sejas zeloso em meu lugar. Em segundo lugar, que nessa passagem o Espírito de
Deus significa apenas a tendência e disposição para obedecer e ajudar Moisés na administração do governo.
Pois se isso significasse que neles tinha sido inspirado o Espírito substancial de Deus, quer dizer, a natureza
divina, nesse caso eles não o teriam menos do que o próprio Cristo, que é o único em quem o Espírito de Deus
reside corporalmente. Isso significa portanto a dádiva e graça de Deus, que os levou a cooperar com Moisés,
de quem derivava o Espírito deles. E está dito (versículo 16) que eles eram os que o próprio Moisés teria
designado como anciãos e funcionários do povo. Porque as palavras são Reúne-me setenta homens, a quem
conheças como anciãos e funcionários do povo, e aqui conheças e o mesmo que designas, ou designaste como
tais. Pois antes nos foi dito (Êx 18) que Moisés, seguindo os conselhos de seu sogro Jetro, designou juízes e
funcionários para o povo, tementes a Deus; e a esses pertenciam os setenta, os quais, recebendo de Deus o
Espírito de Moisés, receberam também a disposição para ajudar Moisés na administração do reino. E neste
sentido se diz que o Espírito de Deus (1 Sam 16,13s), logo depois da unção de Davi, desceu sobre este e
abandonou Saul, pois Deus concedeu sua graça ao que escolheu para governar seu povo, e retirou-a daquele a
quem rejeitou. Portanto, pelo Espírito se entende uma inclinação para o serviço de Deus, e não qualquer
revelação sobrenatural.
Deus também falou muitas vezes através do resultado de sorteios, que eram ordenados por aqueles a
quem ele tinha dado autoridade sobre seu povo. Assim, lemos que Deus manifestou, pelo sorteio que Saul
mandou realizar (1 Sam 14,43), ;1 falta cometida por Jônatas, ao comer um favo de mel, contrariamente ao
juramento feito pelo povo. E Deus dividiu a terra de Canaã entre os israelistas Vos 18,10) mediante o sorteio
feito por Josué perante o Senhor em Shiloh. Parece ter sido da mesma maneira que Deus revelou o crime de
Achan (Jos 7,16, etc.). E eram estas as maneiras como Deus manifestava sua vontade no Antigo Testamento.
Todas essas maneiras usou-as ele também no Novo Testamento. À Virgem Maria, através da visão
de um anjo; a José, num sonho; a Paulo, no caminho de Damasco, através de uma visão de nosso Salvador; e
a Pedro através da visão de uma faixa descendo do céu, com diversas espécies de carne, de animais puros e
impuros; e na prisão, com a visão de um anjo. E a todos os apóstolos e autores do Novo Testamento através
das graças de seu Espírito, e aos apóstolos também por sorteio (como na escolha de Matias em lugar de Judas
Iscariote).
Dado, portanto, que toda profecia supõe uma visão ou um sonho (sendo estas duas coisas o mesmo,
quando são naturais), ou algum dom especial de Deus, coisa tão raramente verificada entre os homens que é
para ser admirada quando se verifica; dado também que esses dons, como os mais extraordinários sonhos e
visões, podem provir de Deus não apenas através de uma intervenção sobrenatural e imediata, mas também
através de uma intervenção natural e da mediação de causas segundas; é necessário o uso da razão e do
julgamento para distinguir entre dons naturais e sobrenaturais, entre visões ou sonhos naturais e sobrenaturais.
Em conseqüência disso, é preciso ser-se muito circunspecto e cuidadoso ao obedecer à voz de homens que
pretendem ser profetas e exigem que obedeçamos a Deus da maneira que eles, em nome de Deus, nos dizem
ser o caminho da felicidade. Porque quem pretende ensinar aos homens o caminho para tão grande felicidade
pretende governá-los, quer dizer, dirigi-los e reinar sobre eles, pois é uma coisa que todos os homens
naturalmente desejam, e portanto isso merece ser suspeito de ambição e impostura; consequentemente, tal [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]

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